Acabo de chegar da 6ª Corrida Noturna Unimed Curitiba. Por mais incrível que pareça, não fui um espectador: eu participei. Corri mesmo. Para quem me conhece, sabe não sou o maior fã de corridas. Mas, nos últimos meses, tenho começado a fazer alguns treinos esparsos, que, aliados aos treinos de natação, me incentivaram a entrar nessa onda de “runner”.
A parte mais miraculosa de todas é que terminei a prova sem um passo de caminhada. Não andei. Está certo que, em alguns pontos, as pessoas me ultrapassavam caminhando, mas para mim era uma certa questão de superação pessoal. Na mureta da linha de chegada, estava o pessoal do meu trabalho, com palavras de incentivo. Muito legal. Alguns deles já tinha chegado havia meia hora (literalmente), mas é o tipo de esporte onde não há concorrência, apenas uma competição saudável. Fica-se feliz com progressos alheios.
A prova da Unimed é muito bem organizada. Uma camiseta legal, Diretran orientando o trânsito, cronometragem eletrônica. No início, achei overkill da parte deles me dar um chip de cronometragem, mas depois gostei. Você prende ao tênis e entrega após a linha de chegada. Depois da prova, quando cheguei ao carro, havia um SMS no meu celular:
“Parabéns! Você mostrou seu talento na maior corrida de 10 km de Curitiba. Seu tempo foi 1h20min07s.”
Não sei exatamente o que quiseram dizer com “maior corrida de 10 km”, mas achei divertido. Um bom uso da tecnologia. Meu tempo foi terrível (li no twitter que o Algaci Tulio fez 1h06min, aos 69 anos), mas… bom, sem mas, foi terrível. Fiquei em 2231º lugar, de 2280 atletas que terminaram. O ponto bom é que deve ser fácil melhorar a colocação na próxima edição.
Durante a prova, o pessoal das casas sai à rua para assistir. Alguns ficam só olhando, outros interagem tentando motivar os atletas. “Vamo lá! Tá chegando!”, “Levanta a cabeça, força!”, “Isso aí, 410 (meu número)! Mais um pouquinho!” É gostoso. O percurso partia da Universidade Positivo, passava por um trecho grande de rua, e depois voltava à Universidade. Quase na chegada, ouvi um “Acelera, tiozinho, acho que você é o último.” O último acho que não fui, mas fiquei perto. O importante foi ser um “finisher” e fazer a prova toda sem caminhar.
Não acredito que vá ser um grande corredor ou que um dia a corrida vá ser meu hobby favorito, mas acho que com o tempo vou conseguindo me livrar do trauma e sentir prazer em uma corridinha leve com os amigos. E essas provas são um grande incentivo.
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Domingo que vem, 28/março, vamos de volta à diversão: VIII Travessia da Enseada, em São Francisco do Sul.
Massa véi, boto fé! Parabéns :)
Muito bom o seu relato sobre a prova.
Seu post é uma das coisas que valem a pena tanto como profissional (produtor dessa corrida) como triatleta…
Tudo de bom… Rumo a 1h10 ;-)
Abs.
Que boniteza, comentários de nobres. Obrigado e vamos em frente! ;-)