Não sei como foi/é/será viver em outros tempos, mas ultimamente uma frase sincera não sai da ponta da minha língua: que época para se viver!
Estou em estado de incansável encantamento pelos tempos atuais. Tudo é tanto que não há fim – eventos, conexões, ideias, destinos, livros a serem lidos, filmes a serem vistos, trabalhos a serem realizados. Se antes os amigos eram os vizinhos, primos ou colegas da escola, hoje eles atravessaram o mundo e estão mais presentes do que se vivessem na mesma cidade. Dezenas de fotos a serem conferidas diariamente, de momentos a serem compartilhados. Eu curto. E amargo a angústia de não ser capaz de ser/estar/fazer todas as coisas ao mesmo tempo.
Vc viu as fotos comoventes da Avenida Paulista na semana passada, durante as manifestações da “Revolução do Vinagre”? Pois saiba que essa reprodução aí data de 1891, quando a avenida foi inaugurada.
Gente – nós – somos os grandes atores (mentores, mocinhos e vítimas) desses atuais tempos exponenciais. Uma bolinha de neve que começou a rolar na revolução industrial e que hoje, ao mesmo tempo em que nos encanta com seu poder de conectar, resolver, melhorar, também nos oprime com a velocidade com que somos obrigados (quando questionamos?) a nos adequar às mudanças, mexendo em hábitos enraizados e até mesmo em valores que estavam guardados há séculos numa prateleira empoeirada do nosso ser social.
Não questiono a evolução e acho que ela tem sim que acontecer, mas sofro por todos nós ao pensar na forma como estamos interagindo com esse sem fim de informação a que estamos sendo expostos. Como lidar? Há alguéns nas entranhas do nosso sistema educacional que esteja a par da velocidade com que os fatos se transformam, se renovam, e que, com base nisso, esteja revendo a forma como as crianças aprenderão? E o conteúdo que essas crianças aprenderão, considerando que, em casa e por si mesmas, elas podem escolher a informação a que querem ter acesso? E os adultos, como se manter economicamente ativo, relevante, atualizado? A quem cabe filtrar esse conteúdo, ou ele não deve ser filtrado e a seleção natural vai se ocupar de manter os links mais relevantes ao alcance daqueles mais evoluídos que sabem procurar melhor – uma reprodução com ares futurísticos daquilo que acontece naturalmente nas salas de aula?
Não tenho nenhuma resposta; se pensar muito, talvez chegue a um palpite. Gosto desse papel de participar observando, fazer parte analisando. Talvez em alguns anos alguém leia este texto e se choque o quanto eram simplórios meus questionamentos. Pra você, que chegou aqui em 2023, garanto: não está sendo fácil em 2013. Mas está sendo grandioso!
Enquanto isso: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/06/1301192-67-das-criancas-nao-sabem-fazer-contas-basicas-aponta-pesquisa.shtml
É muita confusão, muito paradoxo.
Não gosto da voz do cara, mas ele com certeza sentia algo parecido
Right Here, Right Now (Jesus Jones)
Da época da queda do muro
A woman on the radio talked about revolution
When it’s already passed her by
Bob Dylan didn’t have this to sing about you
You know it feels good to be alive
I was alive and I waited, waited
I was alive and I waited for this
Right here, right now
There is no other place I want to be
Right here, right now
Watching the world wake up from history
I saw the decade in, when it seemed
The world could change at the blink of an eye
And if anything
Then there’s your sign, of the times
I was alive and I waited, waited
I was alive and I waited for this
Right here, right now
There is no other place I want to be
Right here, right now
Watching the world wake up from history
Right here, right now
There is no other place I want to be
Right here, right now
Watching the world wake up from history
Right here, right now
There is no other place I want to be
Right here, right now
Watching the world wake up
He. Isso mesmo, parece a mesma sensação. O clipe era péssimo. :~