Como já foi dito, a situação no Zimbábue é crítica. Mesmo as ONGs de ajuda humanitária tem grandes problemas para fazer câmbio de moeda no país. O câmbio oficial, pelo qual instituições legítimas tem que operar, é 250 dólares zimbabuanos por dólar americano. No câmbio paralelo, a cotação é 6.000 ZWD por USD. Se fizer as contas, veja que péssimo negócio.
As maiores ONGs fazem acordos com bancos para obter uma taxa intermediária, mas, as menores, sem poder de barganha, sofrem com cálculos absurdos para prever o orçamento da próxima semana.
Não sei porque me preocupa tanto o Zimbábue. Nunca fui lá e não conheço ninguém de lá. Talvez seja por ser parecido com Moçambique, mas mais provável pela similaridade com o Brasil em um aspecto. O do sofrimento com o populismo.
Lá, um país em que a população se vê sem voz ativa, sem forças para opôr uma ditadura de fato. Aqui, não caímos no mesmo buraco, mas sabemos bem o que é demagogia de esquerda, o que é “luta pela reforma agrária”, assistencialismos eleitoreiros e similares. Sabemos bem. Quem sabemos? Provavelmente, menos do que 60% da população.
Li sobre isso hoje no IRIN News, pé que mantenho e quero sempre manter na África. Aqui vai o link e uma citação:
Zimbabwe’s economy has been on recession since 2000, when President Robert Mugabe’s ZANU-PF government embarked on a fast-track land redistribution exercise that sought to give land to thousands of blacks from impoverished communal areas by removing more than 4,000 white commercial farmers from their estates.
The land reform programme disrupted agricultural production, the country’s main foreign exchange earner.
The government has blamed the crisis on sanctions imposed by the European Union and the United States.