Tenho escutado Nick Drake. Calmo, suave, compatível. Conheci há poucos meses, quando uma amiga me emprestou o disco Bryter Layter. Só corrobora a teoria de que, musicalmente, se pode passar toda a vida apenas nos anos sessenta. Quando conheço algo “novo” assim e que agrada, fico sempre olhando para as árvores na rua, buscando helicópteros negros, ouvindo assobios estranhos e pessoas gritando meu nome de longe. Parece que há uma conspiração, que todos conheciam menos eu. E nunca me haviam apresentado porque se via óbvio. É como se estivessem conluiados para que a virtude me fosse ministrada em doses cuidadosamente calculadas.
Procuro outros discos.
Pois é, eu tenho me sentido assim por causa de Belle & Sebastian. Fui dar uma olhada no que tinha sobre eles no Brasil, descobri que já no show de 2001 havia uma multidão de fãs ensandecidos que sabiam cantar a maioria das músicas.
Ei! O que foi aquilo? Parecia um helicóptero negro…
Sempre parece que os outros conhecem mais música que a gente.
Também tem aqueles metidos que chegam garganteando mas o tempo sabe como desfacelar a ignorância travestida.
As vezes até descubro por mim algumas pérolas das antigas como The Upsetters remasterizado pelo genial Lee Perry, mas sempre aparece algum bom camarada com algo ‘novo’ como Medeski Martin & Wood, ou então Jorge Drexler. Tristeza para o porco ego inflado, alegria pura para os ouvidos famintos.
Nick Drake, assim como Syd Barret, me passam aquele desespero e tensão de que quando algo ruim vai aconteçer… E sabem de uma coisa, é bom!!! faz a gente se sentir vivo!!!
com uma delicadesa poética depressiva, Nick permeia a minha alma e cerceia a minha dor magistralmente. tenho ouvido suas canções profundamente, pois alenta o meu ser serpenteando as crises existenciais que nos últimos cinco anos tenho vivido.
ele é uma doce canção, é poesia melancólica, é realidade.
Com uma delicadesa poética depressiva, Nick permeia a minha alma e cerceia a minha dor magistralmente. Tenho ouvido suas canções profundamente, pois alenta o meu ser serpenteando as crises existenciais que nos últimos cinco anos tenho vivido.
Ele é uma doce canção, é poesia melancólica, é realidade.